Espasmo digestivo...

Admito que estas festas foram muito más para o meu estômago e que o uso de facilitadores de digestão foram uma constante. Esta época é terrível para mim. Tanto que ainda na segunda semana do ano estou a tentar aniquilar qualquer resto de desejo por doces fritos e aceitar o estado de enfardamento, enjoo e intolerância a qualquer comida festiva.
Tem sido difícil... muito difícil. Ora vamos por partes:
  • O antes: preparar os doces e comidas faz sempre que cada doceira e cozinheira de serviço queira sempre experimentar para ter a certeza que os seus manjares estão no ponto. Logo, já estão a enfardar antes de todos os outros. Pudera!!!! Trabalham mais... comem mais... Já a minha avó sempre diz quem não é bom para comer não é bom para trabalhar. E como a mulher trabalha nestas alturas... UUUUUUUUUUUIIIII bué!!!
  • O durante: sempre a roer uma filhós, um docinho, um pãozinho, um docinho, e vem o prato da refeição e mais um pouco porque a conversa está boa e dia não são dias. Porque tem de se provar de tudo para saber o que está mesmo realmente muito bom. E depois jura-se que entra-se numa dieta radical e um entrega total ao ginásio.
  • Depois: ainda a arrotar a tudo o que se comeu durante 2 semanas e finalmente se regressa à antiga rotina vêm os restinhos dos colegas de trabalho para comer com o café e para partilhar. E lá comemos nós por educação e não fazer desfeita, sustendo a careta e o vomito de suco gástrico que  entretanto subiu para a garganta e cujo sabor invade a boca a avisar que se é para digerir que seja logo à porta de entrada porque está tudo ainda em fila de espera no estômago.
Quando finalmente se começa a entrar na rotina do dia a dia com ginásio e refeições equilibradas e sem gorduras lá vem um jantarzinho e uma festa de anos e lá temos nós que fazer o sacrifício e o que em outra altura seria uma perdição irresistível é para nós um castigo.
Aconteceu comigo neste fim de semana e note-se que ADORO, repito, ADORO, Bolo de Chocolate. Fui buscar o meu tesouro a uma festa de anos de um amiguinho, a mãe babada e feliz oferece-me uma fatia de bolo de aniversário e eu, sem vontade nenhuma de comer, aceito e como a fatia com uma lentidão nunca vista em mim. Cada dentada era para mim uma tortura porque apesar do bolo estar muito bom eu não tirei prazer nenhum em comê-la. Se pudesse faria desaparecer cada uma dessas dentadas. Por incrível que pareça comer aquela fatia de bolo foi a coisa mais anti-natura que já fiz.

Já me encontro de tal forma que o meu corpo está a dar sinais de habituação em domar esta repulsa típica desta época de ressaca natalícia e tolerar a contrariedade de comer. E desta forma vou desenvolvendo a minha capacidade de actriz fingidora que mostra a delicia em comer que nada sente.

Patético... sim sem dúvida.


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