Diário de uma quarentona gorda - Dia mundial da obesidade.

O dia mundial da obesidade assinala-se a 4 de Março, a coincidência aqui é bater com a altura em que tento pela já perdi a conta vez de ter hábitos mais saudáveis na esperança de ver o ponteiro da balança a fazer uma viagem mais curta nos números do mostrador. Por vezes penso que a sacana está viciada porque insiste sempre no filha da puta do mesmo número tal aqueles viciados da roleta do casino? Só que quem perde sou eu. Por vezes pego no puto e meto-o lá em cima na esperança de estar avariada. Mas não... o ponteiro faz uma viagem pequena com ele, tipo: Santa Apolónia-Oriente, enquanto comigo é uma viagem alfa pendular de Lisboa a Braga. Enfim...
Onde ia? Obesidade!!! Sim, estou obesa e sinto-me obesa e obsoleta porque já nem me reconheço em fotos e em vídeos. Mas o que é certo é que custa para xuxu mudar o chip e alterar o rumo das coisas.
Mas este bla bla bla todo para dizer que uma das grandes metas que tenho enorme dificuldade em atingir é... ingerir Água. Sim, ingerir a quantidade necessária para ajudar o meu organismo a limpar e expulsar o que há para mandar fora. É gordura, é retenção de líquidos, é combater a fome (porque ao que parece a maior parte da sensação de fome para petiscar que sentimos é falta de água  no organismo). 
Se fosse para ingerir 3 litros de vinho ou cerveja... isso psra mim é  "piners". Agora água???!!!! Isso é uma história bem diferente.
Beber 3 litros de água é algo que não me lembro fazer. A não ser se tiver que atravessar o deserto do sahara, coisa que nunca aconteceu. E para quem não consegue esvaziar uma garrafa de litro e meio em 24h 3 litros é embebedar-se. 
A chatice toda disto é a bexiga. Para quem pariu 2 vezes e 1 delas teve de fazer o pos-parto de algália a coisa é tramada.
As vezes que vou à casa de banho são incontáveis, para quem passa muitas horas sentada a trabalhar no computador até nem é mau. Sempre tens uma razão que te obriga a levantar e caminhar até à casa de banho. Se é tranquilo até escolho a mais distante e se possível obrigo-me a subir escadas ("allways look at the bright side of live"), se a podre da bexiga parece rebentar e estás no limite de te mijares toda e passares uma grande vergonha até corres para a mais próxima (outra forma de te mexeres).
Quando há casas de banho no horizonte até é tranquilo mas quando não há?... E ainda por cima em tempo de pandemia não há cafés abertos para uma pessoa se socorrer ficas a uma nesga de fazer na rua como se tivesses 2 anos, mas nessa idade até que é desculpável, na minha é atentado ao pudor e à vista de olhos alheios.
Outra cena que me chateia são as noites. Agora tenho de me levantar todas as noites para micar. Sair do meu sono bom, da caminha quentinha com uma dor horrível na bexiga que parece pedra e sentar na sanita fria para me aliviar. Um alívio interminável que tem quase a mesma duração que o November Rain dos Guns N'Roses. Não há pachorra!!!!! 
"O teu corpo depois habitua-se." Dizem-me... e eu rezo para que seja verdade. Porque se há coisa que gosto de fazer é de dormir (parece que dormir umas boas horas também ajuda a emagrecer, faz senrido: dormes, não comes).
Se analisar bem... é um baita de sacrifício esta merda de ter de me embebedar de água todos os dias.
A aguardar desenvolvimentos...

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