2016 em balanço I : parto normal vs cesariana

Com tanto em atraso que só mesmo um balanço final anual para colocar tudo em dia. Enquanto não for possível fazer ligação directa da mente ao teclado à semelhança da ligação de comando que o cérebro exerce sobre a mão para escrever muito se perde e perderá neste pequeno e singelo blog.
O meu ano não poderia  começar da melhor forma e com mais um marco que guardarei até ao meu último suspiro (apesar de ter perdido o concerto de Machine Head). O nascimento do meu segundo filho. O nascimento dos filhos é uma MARCA eterna que supera tudo. Este doce acontecimento foi diferente pela paz, ternura e acomanhamento que senti de quem está a meu lado. Mais doce foi também a presença do tesouro durante todo o processo. Do alto da sua tenra idade de criança pré-adolescente mostrou o coração enorme que tem e a sua sensibilidade.  É um homem, foi um pequeno Homem que recebeu o mano com amor carinho e hierarquia guardiã que um irmão mais velho sente e transmite. És Enorme meu Tesouro e sei que serás sempre.
Mas engane-se quem pensa que isto de parir a caminho do fim dos trinta é pêra doce. Naaaaaa. Nem que as maleitas que devo queixar-me sejam  as noites mal dormidas, as arrelias das cólicas e bichos e bichezas que fazem qualquer mãe de primeira viagem ir a correr para o hospital. NADA DISSO.
Uma coisa que me arrelia nesta coisa de parir ao natural ou cesariana são mais os queixumes do que será pior. Infelizmente não fiz cesariana das duas vezes para ter comparação.  Mas que é uma merda recuperar de um parto natural é seguem já as razões horrendas:
     Quando a coisa esfria e a anestesia passa, a sensação de dor e arrepanhado na pele depois de uma operação DOI! E muito!  Doi para caralho. Tanto que doi que nem se pode rir ou respirar mais à vontade. Isto numa zona tipo barriga ou peito. Acham que na patareca é melhor???!!!! Caminhar são agulhas que tens ali espetadas na zona mais sensível e intima do teu corpo. Urinar é com se tivesses uma escova de arames de aço a fustigar onde outrora tinhas prazer e sensibilidade, algo que começas a duvidar se alguma vez recuperará.  E defecar???? Defecar???? Há há há!!!! Até rezas para não acontecer porque a aflição e as dores são tantas que parece que rebentam os pontos todos e que estás a parir outra vez. Choras de aflição e dor. Tudo o que doi está fora o sítio e isso minhas amigas queixosas das cesarianas são os pontos na patareca que estão à vista e os que estão dentro de nós que os sentimos até à garganta quando nos mexemos o pouco que seja. São as hemorróidas que estão em flor e inflamadas fora do nosso cu e que nos atormentam só pelo facto de estarem entaladas na gavetinha das nádegas.  Por isso é que nem do primeiro e nem do segundo partos andei fresca e fofa a passear pelos centros comerciais de carrinho nem recuperei a minha figura no ginásio.  Pois é!  Digamos que foi das duas vezes algo muito difícil de recuperar. Por isso têm a minha simpatia se me falarem de peitos gretados em sangue, noites mal dormidas e até traição dos companheiros e pais das crianças porque se lembram de ser umas bestas quadradas e não entenderem o trauma que estamos a passar. Agora chorarem-se por causa da cesariana?  Nem pensem... vou ignorar-vos com toda a certeza!!!
Relativamente a pós partos estou aliviada... e recuperada. Custou... mas foi. O organismo da mulher é uma maravilha da natureza. Somos fortes,  somos únicas.

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