Carnaval v.s. Renúncia Papal
Os últimos dois dias têm sido um frenesim. O Carnaval que tenta ser apagado do calendário e a fantochada da não tolerância de ponte que é extinta só para quem não pode fugir. Demagogia pura como a das pontes dos feriados. E quem trabalha neste dia??? Os funcionários públicos... e nem todos, apenas os mais escuros que os outros, visto que o poder local de parvo não tem nada. Dispensa os seus funcionários, poupa gastos referentes a este dia e eles a curtir o Carnaval vão gastar fora, festejando-o. O poder central até que podia aprender alguma coisa.
Mas o Carnaval até nem é nosso!!! Se calhar até é... Quem sabe... Ao que parece, o Carnaval no Brasil acontece no séc. XVII por influência europeia. Começou por pequenos desfiles com automóveis, o que tornava esta festividade um tanto ao quanto elitista. Na Europa o Carnaval surge por influência das antigas festas gregas de agradecimento aos deuses pela fertilidade do solo e boa produção, isto em meados de 600 e 550 a.C. Este período, a Idade Média, era marcado pelo adeus à carne "carne vale" em latim. Com fatiotas só mesmo na Europa.
Ora... vendo o Carnaval de hoje em dia faz todo o sentido o termo do antigo latim. É realmente um adeus e um hino à carne, que só mesmo no Carnaval brasileiro faz sentido. Se a meninas preparam aqueles corpos fabricados a dietas, plásticas e genética de meter a comum mortal verde de inveja para fazer vistão, agora têm a justificação histórica.
Mas infelizmente a igreja católica e o papa quase apagaram a devida atenção que as meninas do samba e o Carnaval mereciam. O Papa decide, pela primeira vez na história, renunciar o papado por razões de saúde após 8 anos de pontificado. Ao que parece o Vaticano admitiu que Santa Eminência usa pacemaker e que teremos novo Papa pela altura da Páscoa. Pelos vistos já houve bênção divina através de um raio de Zeus na Cúpula de São Pedro. Para mim ter ou não ter Papa é como o melhoral, nem bem nem mal. Porque há coisas que não entendo:
- Porque é que o senhor se veste de branco e tem sapato encarnado?
- Porque é que os cardeais se vestem de encarnado?
- Porque é que se vive no meio de tanta riqueza podendo fazer dela um bem para quem precisa?
Estas são as perguntas quem me ocorrem logo quando vejo as reportagens alusivas ao tema, em que mostram as benfeitoras viagens do Papa para dar beijos às criancinhas doentes ou a receber presentes de governantes que poderiam matar a fome a tanta gente dos países que governam. Enfim... Quando morrer serei sem dúvida castigada por quem de direito divino... Mas estas questões, duvidas ocorrem-me.
"Santus Patris vale"
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